VIVÊNCIA DE MULHERES MASTECTOMIZADAS
Keywords:
mastectomia, mulheres, vivênciaAbstract
Introdução: O câncer de mama (CM) é considerado um problema de saúde pública, sendo este o mais temido pelas mulheres por acarretar mudanças psicológicas, pois a doença não mobiliza apenas a mulher acometida, mas todos aqueles com quem a mesma tem vínculos. O aparecimento do CM é raro antes dos 35 anos de idade. No caso das mulheres jovens a descoberta do CM é muito marcante pois se encontra em plena fase reprodutiva, causando dor, sofrimento, afastamento das rotinas diárias e incertezas quanto ao futuro. A cura não se baseia apenas na questão biológica, mas também no bem estar físico, social e psicológico. Por sua vez as mudanças ocorridas na vida da mulher após a mastectomia necessitam do apoio de uma equipe interdisciplinar que exija cuidados voltados para a reabilitação física, emocional e social. Objetivo: Identificar a vivência das mulheres mastectomizadas atendidas em um centro de referência secundário de saúde da mulher em um município do interior de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo descritiva, exploratória, de abordagem qualitativa, desenvolvida com 10 mulheres mastectomizadas em um município no interior de Minas Gerais. Os dados foram coletados entre novembro e dezembro de 2020 por meio de um roteiro de entrevista predeterminado e embasado na literatura. Resultados e Discussões: Quanto aos aspectos sociodemográficos, prevaleceu a faixa etária de 30 a 53 anos, predominantemente com os trabalhos sustentáveis ativos sendo que a maioria das mulheres realizou mastectomia em conjunto com a quimioterapia e radioterapia e o domínio mais afetado foi o psicológico. A análise resultou em três categorias temáticas: Experiências e sentimentos: para algumas a experiência foi avassaladora e para outras algo novo, os sentimentos foram de tristeza, desânimo, incertezas quanto ao futuro, medo e ansiedade. Após a cirurgia algumas mulheres se sentiram curadas, restauradas e novas, mas algumas sentiram vergonha do próprio corpo; Dificuldades: a maior queixa foi com o membro homolateral, pois acarretaram em algumas mudanças no estilo de vida diário a curto, médio e longo prazo; Adaptação: relacionada com o apoio, carinho, amor e incentivo que obtiveram dos amigos e da família que são o alicerce para o fortalecimento e recuperação do corpo e da mente. Conclusão: Após o diagnóstico do CM nas mulheres do presente grupo de pesquisa observou-se um misto de sentimentos e alterações na imagem corporal. Conclusão: A presente pesquisa reforça os cuidados com essas mulheres, obtendo assim um olhar diferenciado e uma melhor ausculta o que possibilita uma nova temática em prol de auxiliá-las. Por sua vez, a autoconfiança, autoestima e autodeterminação são imprescindíveis para o bem estar psíquico e emocional durante todo o percurso do tratamento do CM.